Nos últimos séculos, houve grandes avanços que revolucionaram os processos de produção industrial. Durante as revoluções anteriores, os recursos naturais foram o motor da mudança no sistema de produção, de uma economia agrária e artesanal para uma economia industrial e mecânica. O final do século passado começou com a expansão da economia da informação e do conhecimento, com a automação da produção, eletrônica, informatização e internet em todo o mundo. Espera-se que o 4IR leve a economia da informação e do conhecimento a um novo nível extraordinário, com a introdução de grandes avanços tecnológicos que apresentam enormes oportunidades para novos modelos de negócios, produção de valor, estrutura de produção integrada e infraestrutura de TI.

O continente africano só pode aproveitar todos os benefícios da era 4IR, se os parâmetros, instrumentos e regulamentos necessários forem estabelecidos, nos níveis nacional, regional e continental. Isso permitirá que o continente como um todo:

  • Aproveite as oportunidades oferecidas pela futura produção da era digital;
  • Desenvolver ferramentas para mitigar os desafios futuros previstos;
  • e Seja rápido para responder a choques perturbadores, inesperados e desconhecidos.

De acordo com uma análise de avaliação de prontidão realizada pelo Fórum Econômico Mundial, em colaboração com a A.T. Kearney, em 2018, os países que possuem uma estrutura de produção grande e mais complexa são considerados mais prontos para o futuro. Isso ocorre porque eles já possuem uma base de produção estruturada sobre a qual podem basear-se, incluindo: Tecnologia e Inovação; Capital humano; Comércio e investimento globais; Estrutura institucional; Recurso Sustentável; e ambiente de demanda. Infelizmente, durante essa avaliação, os países africanos se enquadram na categoria de países nascentes, o que significa que eles não têm capacidade de produção, bem como os principais facilitadores do componente de produção necessários para aumentar sua prontidão para o 4IR.

Nesse sentido, é importante que os líderes africanos, formuladores de políticas e líderes empresariais identifiquem estruturas e indicadores de produção específicos ausentes em seus respectivos países. Isso ajudará a identificar as áreas de maior preocupação, além de fornecer uma indicação mais clara de sua posição em termos de prontidão, a fim de desenvolver ferramentas estratégicas de mitigação para resolvê-las.